sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Zé da Luz - Cordel dos bons


Ai se sesse
Se um dia nós se gostasse
Se um dia nós se queresse
Se nós dois se empareasse
Se jutim nós dois vivesse
Se jutim nós dois morasse
Se jutim nós dois drumisse
Se jutim nós dois morresse
Se pro céu nós assubisse
Mas porém se acontece-se de São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arriminasse
E tu com eu insintisse
Prá que eu me arresouvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Távez que nós dois ficasse
Távez que nós dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virgem todas fugisse
(Zé da Luz - Paraibano de Itabaiana, 1904-1965)
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A xilografia foi usada, inicialmente, como um artíficio com que os gráficos do cordel ilustravam as capas dos folhetos. Posteriormente passou a estampar camisetas, quadros etc.A técnica consiste em, num pedaço de madeira, esculpir um alto relevo, sobre o qual o papel da capa é prensado. É uma obra de arte primitivesca, por isso mesmo a constar entre os itens do artesanato e do folclore. Um dos expoentes da arte da xilografia é J. Borges da cidade de Bezerros-PE

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