segunda-feira, 30 de julho de 2007

Charles Baudelaire

Ribeira do Porto

Nada iguala o arrastar-se dos trôpegos dias,
Quando, sob o rigor das brancas invernias,
O tédio, taciturno exílio da vontade,
Assume as proporções da própria eternidade.
*
*
Charles-Pierre Baudelaire

Festival de Inverno de Garanhuns - 17ª edição 2007

Que flash voltar à Garanhuns após alguns anos de ausência. A cidade continua muito charmosa.
Fui rever e conferir: por do sol no Alto do Magano, jazz no Pau Pombo, artesanato no parque dos eucaliptos, vila alpina na Praça Guadalajara, chocolate 7 colinas, Zé da Macuca e seu boi hilário. Relógio das Flores e Santuário da Mãe Rainha.
Esse ano tinha esposição de artes plásticas por todos os lados e a prefeitura "caprichou" na segurança da praça principal do evento - éramos revistados a cada vez que entrávamos.
A escolha das bandas do palco principal desta vez ficou a cargo da prefeitura - e não da fundaj - não combinou com o meu gosto musical. Mas é, sem dúvida, uma iniciativa bacana e um bonito evento. Deu pra curtir um friozinho, e a companhia da viagem foi do melhor: Frederico, Sandrinha e Ricardo. Demos muuuuuuuuuitas risadas. Gostei imenso.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ela faz cinema - epílogo


Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais

Ela faz cinema - ainda


Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama

Ela faz cinema - Parte três


Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente o que mente pra mim

Ela faz cinema - Part two

Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual

Conímbriga (ruínas romanas próximas à Coimbra - PT)

http://www.youtube.com/watch?v=F_UfjPynAfw

Ela faz cinema - parte um


Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri

Ela faz cinema - Avant Premier

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me fazEu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que deus ela jura
Que tem coração
E quando o meu coração~
Se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim
Chico - 2006

http://www.youtube.com/watch?v=F_UfjPynAfw

quinta-feira, 26 de julho de 2007

God bless you

****************************you make me feel brand new

Aromaterapia para relaxar



Sofro dos nervos, sou uma pessoa tensa. Pelo menos há 10 anos. E há pelo menos isso eu faço planos de me matricular na ioga, consultar um médico homeopata dos bons e um outro acupunturista. Convivo com essa dicotomia. Ciente do problema mas paralisada pela inércia. Faço terapia há 4.

Acredito que está mais perto do que longe o dia em que serei uma pessoa do tipo serenamente calma.

Por enquanto estou sempre em busca de publicações que me ensinem maneiras de relaxar.

Esta é apenas uma delas:
Aromaterapia.
Pense no cheiro de bolo saindo do forno... Esse cheiro gravado em nossa "memória olfativa" é capaz de nos remeter a momentos maravilhosos do passado. Pessoalmente amo o cheiro que fica pela casa quando assamos pão. Lavanda Johnson me acalma. Porque será? O escritor francês Marcel Proust no primeiro volume de Em Busca do Tempo Perdido descreve com maestria um episódio que ilustra o que hoje se conhece como memória involuntária, aquela que surge por mero acaso: o aroma do bolinho madeleine evoca no protagonista cenas da infância que trazem “prazer delicioso” e “poderosa alegria”. A ciência explica esse fenômeno — o olfato é tão importante quanto os outros sentidos na retenção das recordações e está indissociavelmente ligado às emoções, mais até do que a visão e a audição.
Aromas agradáveis normalmente despertam nossos sentidos. Se esses perfumes forem exalados de óleos essenciais, o efeito é potencializado, reequilibrando as emoções e a saúde do corpo inteiro. Esse é o princípio básico da aromaterapia: "Inalado, o aroma dos óleos chega ao cérebro, que passa a liberar substâncias de efeito relaxante (lavanda, lemongrass, laranja, manjerona, petitgrain, ilangue-ilangue e jasmim); sedativo (gerânio, camomila, eucalipto e melissa); estimulante (alecrim, bergamota, cravo, sálvia-esclaréia, hortelã-pimenta, limão e sálvia); e refrescante (hortelã-pimenta, limão e pinho). Em contato com a pele, as essências são capazes de influenciar o metabolismo e fortalecer o sistema de defesa do organismo", explica o paulista Fernando Amaral, especialista em aromaterapia e estudioso do olfato.

Meditação

Sakyong Mipham Rimpochê, líder da linhagem Shambhala do budismo tibetano, ensina detalhes de meditação.
1. Escolha um lugar calmo, onde você se sinta bem e confortável. É preferível que você medite sempre no mesmo espaço todos os dias - o hábito ajuda você a manter a prática diária.
2. Se desejar, pode fazer ao lado de um pequeno altar com imagens de sua devoção, cristais, flores e incenso. Mas, se você não tiver espaço para isso, não tem importância: sua prática não será prejudicada.
3. O melhor horário para fazer a meditação é logo ao acordar, depois da higiene matinal e antes do café da manhã. Logo cedo, a mente está mais calma. Nos momentos que antecedem a ela, procure deixar suas preocupações de lado e, principalmente, evite pensar nos compromissos do dia. Agora é hora de silenciar e ganhar energia.
4. Sente-se numa cadeira com as costas retas ou numa almofada mais dura com as pernas cruzadas, se tiver acostumado a isso. Ajuste o corpo e tente ficar relaxado.
5. Procure ficar com coluna reta, sem forçá-la. Assim as energias circulam corretamente em todo o corpo. No Oriente, o ser humano é considerado uma ponte entre o céu e a terra, e o bom posicionamento da coluna facilita a conexão entre as energias celestes e terrestres.
6. Encaixe a cabeça no topo da coluna. Traga o queixo um pouco para trás de modo que a cabeça fique em linha reta, nem inclinada para frente nem jogada para trás. Deixe a língua relaxada na boca, com a ponta atrás dos dentes inferiores. Coloque as mãos, bem soltas, sobre as coxas.
7. Olhe para um ponto no chão a cerca de 1,5m a sua frente. Sua visão deve ficar imóvel. Uma das maneiras de tranqüilizar a mente é dar a ela um objeto de atenção fixo, como o olhar e a respiração. Nas meditações em grupo, um sininho ou um gongo anunciam o começo e o fim da prática. Em casa, ela começa quando você se sentir preparado para iniciá-la.
8. Preste atenção na sua respiração, no ar que entra e sai. Não interfira em seu ritmo, apenas preste atenção. A respiração será o seu apoio principal, as rédeas que vão controlar sua mente.
9. Se perceber que suas emoções ou pensamentos já voaram para longe, gentilmente, mas com firmeza, volte a atenção para a respiração. Quando perceber um pensamento, apenas diga para você mesmo: "Pensando". Com essa "etiqueta mental", você percebe que existe um espaço entre você e suas preocupações.
10. Ver seus pensamentos é uma ação inédita para sua mente. É como sair de um rio turbulento, turvo, e ver que você é muito mais do que ele. Algo se separa. Desta nova perspectiva, você pode perceber como esteve submerso no rio de suas idéias sem perceber.
11. Ao distanciar-se dos pensamentos e vê-los de longe como nuvens que passam, você perceberá o quanto a mente é espaçosa e cristalina. No começo, você terá essa sensação apenas em breves segundos. Depois, a sensação de calma e pureza começa a durar mais tempo. Consciente do espaço que existe entre você e sua atividade mental, você passa a observá-los - e assim eles se acalmarão. Você os verá de longe, como quem olha um cavalo que come sereno no pasto.
12.Os pensamentos ainda insistirão em voltar, são como um potro selvagem que não quer ser domado. Aquilo que chamamos ego quer retornar para assumir seus pensamentos e preocupações.
13. Continue apenas prestando atenção na respiração. Se pensar, coloque a etiqueta "pensando" e volte à respiração. Sinta o corpo ir relaxando, mas mantenha a postura. Depois do combate inicial, a tendência natural da mente é ir se aquietando, aquietando...
14. Comece a meditar entre dez e 15 minutos por dia. Chegue aos 20 e se conseguir, depois de algum período de prática, chegue aos 40 ou 50 minutos. Você também poderá praticar na hora de dormir por mais 20 minutos ou meia hora.
15. Você sairá da meditação em outro estado. As emoções e os pensamentos estarão mais tranqüilos e sua mente estará mais alerta. A acumulação dessa força fará muito bem a sua saúde. É como se você se encharcasse cada vez mais de boas e sutis energias.
16. Disciplina e constância são necessárias - a meditação é uma prática diária. Para isso acontecer, é preciso se convencer dos benefícios dela - e eles realmente acontecem ao longo do tempo.
17. Procure se ligar a algum grupo que pratique meditação ao menos uma vez por semana. Assim fica mais fácil manter a disciplina.
fonte: Revista Bons Fluidos

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Gato Fedorento no You Tube: Se ainda não viu VEJA!!! SHOCK!!


Eles são ótimos. Excelentes. Não sei se caberia a comparação mas são mais ou menos como os Casseta & Planeta aqui no Brasil. Satirizam e fazem piadas com absolutamente tudo e todos, não escapa ninguém. São geniais os Gato Fedorento de Portugal. Engraçadíssimos. Aqui em casa somos todos viciados....


http://www.youtube.com/watch?v=8gb5_nFoBgI
Esse episódio do Gato Fedorento transmite exatamente o que é a RyanAir que eu costumo viajar aqui na europa!!

http://www.youtube.com/watch?v=byy27ZVJy4M
Esse é entrevista com o abominável homem das neves, hilário!!! É de abominar mesmo!! hauhauhauhaOBS: os nomes que ele cita no fim são de homens ricos e poderosos envolvidos em um processo de pedofilia em Portugal! Processo casa Pia é o nome.


http://www.youtube.com/watch?v=ylFpBvyrDeI
Esse é dos gajos que pescaram um tubarão. Impressionante como eles captam o comportamento
e satirizam em cima de tudo e de todos, no caso aqui pescadores de aldeias à beira mar. Mas as sardinhas são muito perigosas.

http://www.youtube.com/watch?v=jvUZYjqHuss
Essa é a do padre "cansado de viver nessa pasmaceira, queria ser sequestrado" SHOCK!!

http://www.youtube.com/watch?v=y4ucnGAkimg
Esse é de um corretor de imóveis, só que a casa tava infestada de...O começo é o melhor.
Claque dos torcedores bonzinhos: "equipa por fabor não marque mais golos porque o nosso adversário está ficando......aborrecido uhuhuhuhuhu é demais........


http://www.youtube.com/watch?v=xzZUEC2ckrA
A situação do professor de Português

London London


Honey querida, agora que vc já sabe que o Big Ben fica próximo à abadia de Westminster, que fica ao lado do rio Tâmisa, que é cortado pela London Bridge, que é paralela à torre de Londres (Tower of London), e que, do London Eye, é possível ter, de uma das 32 cabines fechadas e envidraçadas, um panorama de até 40 quilômetros, em que o que mais chama a atenção é, além do rio Tâmisa, o Big Ben e o Parlamento, bem acho que esse é um excelente momento para...dá pra voltar pra casa?
Quando o famoso relógio londrino foi construído em 1859, o então ministro de Obras Públicas da Inglaterra chamava-se Sir Benjamin Hall e pesava 158 quilos. Em homenagem a ele, deu-se o apelido de "Big Ben" ao grande sino de mais de 12 toneladas que, desde então, marca a hora certa com suas badaladas graves, que são transmitidas ao vivo pela BBC, anunciando o início de seus noticiários. A emissora tem um microfone instalado na torre.
Beautiful girl.Sad london town,and its endless pouring rain.............Did visit Penny Lane???Got to go back and visit it.Bye

Salamanca: exuberância em todas as direções ou Os Três Mal-Amados, João Cabral de Melo Neto

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
*
Esta fala do personagem Joaquim foi extraída da poesia "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59.

Minha Amada Imortal

Minha Blinda essa canção é pra você:

Luz das estrelas
laço do infinito
gosto tanto dela assim
rosa amarela
voz de todo grito
gosto tanto dela assim
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor
minha linha do equador
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
passa mais além do
céu de brasília
traço do arquiteto
gosto tanto dela assim
gosto de filha música de preto
gosto tanto dela assim
essa desmesura de paixão
é loucura do coração
minha foz do iguaçu
polo sul, meu azul
luz do sentimento nu
esse imenso, desmedido amor
vai além de seja o que for
vai além de onde eu vou
do que sou, minha dor,
minha linha do equador
mas é doce morrer nesse mar
de lembrar e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra dar
eu daria, isso para mim é viver
*
Linha do Equador Djavan

A grande dor das coisas que passaram

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
*
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
*
Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
*
De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Gênio de vinganças!
*
Camões, incrível – escreveu assim mesmo como citei. Num português tão brasileiro, linguagem coloquial, temática simples.
Trata-se daquilo que o poeta Hélio Pellegrino chamou de "a difícil arte de escrever fácil".
Como o texto de Rubem braga. Tecidas sem pompa ou grandiloqüência, as crônicas de Rubem Braga são feitas de palavras simples, ­ não por acaso, ele achava que um dos versos mais belos da língua portuguesa é este decassílabo, sem qualquer enfeite, de Luís de Camões. Dizia ele:
"Isso me lembra um dos maiores versos de Camões , todo ele também com as palavras mais corriqueiras de nossa língua:"A grande dor das coisas que passaram". Talvez o que mais me impressione seja mesmo isso: essa faculdade de dar um sentido solene e alto às palavras de todo dia."
Eis a provável razão da popularidade da obra de Rubem Braga, toda ela composta de volumes de crônicas sucessivamente esgotados.
Da mesma forma, ser sintético é muito mais difícil e demorado do que ser prolixo.
Aliás, parafraseando Oscar Wilde, peço desculpas por ter sido tão prolixa. Se tivesse tido mais tempo teria sido mais sintética.
Beijos

Caminha PT

Estou a falar de uma cidadela lindinha do norte de Potugal.
Limitada a sul pelo concelho de Viana do Castelo, a norte pelo rio Minho, a nascente pelos concelhos de V.N. de Cerveira e Ponte de Lima e a poente pelo mar Atlântico.
Geograficamente localizada num ponto estratégico. Encontra-se a cerca de 90 km da cidade do Porto e a 45 minutos do Aeroporto de Pedras Rubras. É possível chegar a Vigo, na Galiza, e ao seu Aeroporto, em 50 minutos. Para chegar a Espanha, desde Caminha, é ainda possível embarcar no Ferry-Boat “Sta. Rita de Cássia”, que transporta passageiros, automóveis e autocarros para o outro lado da margem do rio Minho.
Caminha é uma povoação antiquíssima. Nas imediações existem ainda vestígios de civilizações atribuídas a épocas proto e pré-históricas, como mamoas, dólmen e castros. De resto, toda a região do Noroeste da Península, e muito especialmente a bacia do Minho, ostenta várias edificações do período Megalítico. Mas a cultura dominante e que mais vestígios deixou nesta zona foi, sem dúvida, a Castreja. As casas, quase todas do tipo redondo ou ovalado, denunciam marcas da cultura pré-céltica.
Na organização paroquial suévia do séc. V aparecem os topónimos “Camenae” ou “Camina”. Quase todas as freguesias do concelho, mercê da sua situação geográfica, terão sido pontos fundamentais ao controlo do comércio dos metais que tinham que tinham de percorrer as águas do Rio Minho.
O perímetro e a configuração oval da antiga muralha obedecem às características de construção das fortalezas romanas dos sécs. IV e V. Mas do período da romanização ficaram ainda pontes, caminhos e outros monumentos.
Em 1060 I. Magno de Leão designa Caminha como sede de um condado que denominou “Caput Mini” e cerca de meio século depois, Edereci localiza “um forte castelo em ilha a montante da foz do Minho” e outro “acima do precedente em terra firme e eminente”. Isto mesmo se crê conformado nas Inquisitiones: “na colação de Sta. Maria de Caminha, em Vilarélio, se situa o velho castelo de Caminha” subordinado durante séculos à Sé de Tui. Somente a partir dos começos do séc. XVIII apareceram, nas chancelarias portuguesas, documentos de desafectação respeitantes a Caminha e povoações ribeirinhas do Minho, alguns do reinado de D. Afonso III, com notícias da edificação de mais uma torre (a do Sol), com sua porta.
Pela situação geográfica, Caminha era um ponto avançado na estratégia militar portuguesa na luta contra castelhanos e leoneses. D. Dinis mandou aumentar as muralhas e construir mais duas torres, elevando para treze o seu número (dez torres e três portas - a do Sol, a Nova e do Marques).
A 24 de Julho de 1284, outorgou aos habitantes do concelho a primeira Carta Foral.

Casa dos Pitas - foto
Reportando-se a meados do séc. XVII, a Casa dos Pitas é considerada um belo exemplar da arte manuelina tardia. Esta casa expressa bem a explosão urbana tipo senhorial que chegou a Caminha nessa época. Lembrando os típicos solares minhotos, esta casa, de estilo manuelino, ostenta uma fachada com guarnições e molduras interessantes

Chafariz - foto
Localizado bem no centro de Caminha, o Chafariz é uma notável obra de arte que embeleza o largo do Terreiro. Constitui uma boa peça de arte renascentista portuguesa da primeira metade do séc. XVI. A sua realização deve-se ao célebre canteiro João Lopes Filho. As taças que o constituem são decoradas com molduras curvas e caras polifacetadas. As guarnições que ostenta no exterior são mais recentes e reportam-se ao séc. XIX

Fonte: Câmara Municipal de Caminha - http://www.cm-caminha.pt/

Tanto amor; todo amor

"O pensamento é escravo da vida, e a vida, brinquedo do tempo; e o tempo, que avista o mundo inteiro, precisa ser detido."
Shakespeare, Henry IV

terça-feira, 24 de julho de 2007

Eu por aí: mais do mesmo.

Te adorando pelo avesso


"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo" (Clarice Lispector)

Olinda


"Quando quero Olinda, não é lá que eu vou: busco-a em mim mesmo, onde Olinda sou."
(Félix Augusto de Athayde)

Já fui menino, fui homem


Valha-me Nossa Senhora,
Mãe de Deus de Nazaré!
A vaca mansa dá leite,
A braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio,
Mas hoje sou escaler.
Já fui menino, fui homem,
Só me falta ser mulher.
Valha-me Nossa Senhora,
Mãe de Deus de Nazaré!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

A desordem do meu quarto


"Reina a desordem pela sala antiga,
Desce a teia de aranha as bambinelas
À estante pulverulenta. A roupa, os livros
Sobre as cadeiras poucas se confundem.
Marca a folha do 'faust' um colarinho
E Alfredo de Musset encobre às vezes
De Guerreiro ou Valasco um texto obscuro
Como outrora do mundo os elementos
Pela treva jogando cambalhotas,
Meu quarto, mundo em caos, espera um 'Fiat!'

Álvares de Azevedo

'Fiat!'(latim): faça-se! Frase que, segundo a Bíblia, Deus teria dito no momento de criar o mundo, eliminando assim o caos que havia.
*
*
*
*
*
*
Eu nasci para ter horários de refeição seis horas mais tarde que o convencional.
Nasci para olhar a madrugada assustada lá pelas 3 da manhã
e sentir o cheiro do sono das pessoas.
Meu coração é eterno desassossego. Meu olhar inquieto.
E sou livre pela metade. Nao sou livre de mim.
De mim, que me torturo, que me disfarço, que me critico, que me adoro!
Questo fin di settimana voglio una sbornia, dimmi una cosa.....

Leminski






um homem com uma dor

é muito mais elegante

caminha assim de lado

como se chegando atrasado

andasse mais adiante

carrega o peso da dor

como se portasse medalhas

uma coroa um milhão de dólares

ou coisa que os valha

ópios édens analgésicos

não me toquem nessa dor

ela é tudo que me sobra

sofrer, vai ser minha última obra

Paulo Leminski

Dialética


É claro que a vida é boa

E a alegria, a única indizível emoção.

É claro que te acho linda

Em ti bendigo o amor das coisas simples.

É claro que te amo

E tenho tudo para ser feliz

Mas acontece que eu sou triste.

(Vinícius)

Cecília

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu... (Cecília Meireles)

Manoel de Barros


"Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora leio avencas. Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim". (Manoel de Barros)

Hart to Hart ou Casal Vinte


No alto, os Hart hoje em dia, aposentados, dedicam-se à prática de golfe. Abaixo, notinha dos anos 80 na coluna social de Agamenon Mendes Pedreira, colunista do jornal O Globo, que acompanhava a foto acima.
Jonathan e Jennifer Hart, um casal incrivelmente rico que parece estar sempre no meio de uma exótica mistura de mistério, intriga e aventura. Acompanhado pelo leal mordomo Max Edgard, o esperto e sexy casal circula pelo mundo, cheios de emoção e romance e ainda solucionam casos sem nunca perder a pose.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Rave de Inauguração do Blog da Angel

FESTA NA LAJE

Shock!!!! ESSA VAI BOMBAR UHAUAHUAHAUHAUAH
Garanta já o seu fly para a rave de inauguração do meu blog!!!!
Vai ser na laje LÁ DE CASA e vai rolar muito Elton John, Super Tramp, Peter Frampton e na hora do sarro vai ter James Taylor e sua duas mulheres Carole King e Carly Simon, e os irmaos dela Simon and Garfunkel e os primos deles Kleyton e Kledyr.......
Data: 03-08-07
hora: meia noite
local: isso vc já sabe
Não esqueça os já habituais 5 conto pra pagar mister D.J.