quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mario Vargas Llosa - Travessuras da menina má


Depois de ler 101 DIAS EM BAGDÁ, e me apaixonar pelo estilo "reportagem" da jornalista-autora, achei que devia ler O LIVREIRO DE CABUL, best seller da mesma. Não deu outra: muito muito bom! Um mergulho profundo na vida, no cotidiano das mulheres do Afeganistão. Tem passagens muito emocionantes para nós mulheres. Em determinados momentos cheguei a sentir um verdadeiro alívio por ter nascido "do lado de cá". Eu não teria suportado uma semana naquele lugar. Mas para quem viveu 101 dias no Iraque deve ter sido moleza.....
Agora estou literalmente me deliciando com Travessuras da menina má, do peruano Mario Vargas Llosa. Que livro delicioso! Como não se apaixonar pela "menina má"! Viajamos com os personagens através do tempo. Ai a Paris revolucionária dos anos 60! Neste momento estou na Londres hippie dos 70.... Com a palavra Ricardo, dá só uma olhada:
"Eu adorei Earl's Court, fiquei apaixonado pela sua fauna. O bairro cheirava a juventude, música, vida sem antolhos nem cálculos, grandes doses de ingenuidade, vontade de aproveitar o dia, rejeição da moral e dos valores convencionais em busca de um prazer que excluía os velhos mitos burgueses da felicidade - o dinheiro, o poder, a família, a posição, o sucesso social - e se encontrava nas formas mais simples e passivas de existência: a música, os paraísos artificiais, a promiscuidade e um desinteresse absoluto por todos os outros problemas que atingiam a sociedade. Com seu hedonismo tranquilo, pacífico, os hippies não faziam mal a ninguém; tampouco se metiam a apóstolos, que não queriam convencer nem recrutar a população com que tinham rompido para levar sua vida alternativa: só queriam que os deixassem em paz, absortos em seu egoísmo frugal e seu sonho psicodélico. Eu sabia que nunca seria um deles [...]. Eles eram extremamente simpáticos com seu pacifismo, seu naturismo, seu vegetariansmo, a esforçada busca de uma vida espiritual que desse transcendência à sua rejeição de um mundo materialista e corroído por preconceitos classistas, sociais e sexuais do qual não queriam nem saber. Mas tudo aquilo era anárquico, espontâneo, sem centro nem direção, sequer idéias [...]"
Tou lendo com pena porque quando acabar sentirei saudades.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ai QUE DELÍCIAAAAA!












carnaval acabou...agora vem aí todos os chocolates do mundo na semaninha santa. ôBA.


Tou numa fase ÓTIMA!


Fazendo o que gosto, caminhando nesse calçadão maravilhoso todos os dias, finalmente curtindo os amigos, enfim.



Aliás, o calçadão é um capítulo à parte: você já tomou um café naquele quiosque lindinho em frente ao parque dona Lindu? Ou uma água de coco no quiosque da frente do Edifício Canavial?



Ah.. pequenos prazeres...que delícia...Levamos nosso cachorro lindão na caminhada, conversamos e ao final, morrendo de sede, aquela água de coco. Tou curtindo a rotina, voltar do trabalho sem pressa, passar na locadora bater um papo alugar um filme, depois padaria, mais conversa, pão quentinho. Tão bom! Gosto de aproveitar o bairro, valorizar a vizinhança, descobrir tudo que tem de bom bem pertinho! Acho que essa atitude confere qualidade de vida, "humaniza" a cidade. Meu bairro vira uma cidade de interior, onde eu conheço todo mundo e fico parando pra conversar.


Quem sabe eu tenha conseguido finalmente aprender a encarar de uma outra forma os problemas banais inerentes à vida?


Se isso for verdade significa que, mudando para melhor a maneira de pensar alcançamos a tão sonhada felicidade. Daí a importância da filosofia em nossas vidas!