quarta-feira, 30 de abril de 2008

Paul e Linda McCartney

Em 15 de maio de 1967, Paul saiu à noite.

PAUL:Na noite em que conheci Linda, eu estava na Bag o' Nails assistindo ao ótimo show da Georgie Fame & The Blue Flames. Linda estava com a turma do grupo The Animals, que ela conhecia porque os tinha fotografado em Nova York. Estavam sentados alguns vãos mais adiante, perto do palco. A banda de Georgie Fame tinha terminado de tocar, e a turma de Linda se levantou, não sei se para ir embora, beber alguma coisa, fazer xixi... Linda passou por minha mesa. Eu estava perto da beirada e me levantei justamente quando ela estava passando, bloqueando sua saída. Falei: "Ah, desculpe... Oi! Como vai?" Eu me apresentei e disse: "Nós vamos a outro lugar depois. Você gostaria de ir com a gente?"Essa foi minha grande cantada! Bom, eu nunca a tinha usado antes, é claro, mas dessa vez funcionou! Ela respondeu: "Tudo bem, a gente vai junto. Como é que vamos fazer?" Já esqueci como foi. Devo ter dito: "Você vem no nosso carro " ou coisa parecida, e o pessoal com quem eu estava e o The Animals fomos todos para a Speakeasy.Era a primeira vez que quqlquer um de nós tinha ouvido uma gravação chamada " A whiter shade of pale" , cuja letra falava de estar grogue. Essa letra era muito esquisita e poética, e o tema era uma coisa famosa, de Bach, mas não sabíamos disso. A única coisa que pensamos foi: "Nossa! Que gravação fantástica!" O disco foi uma espécie de marco, e todos estávamos tentando adivinhar de quem era. Assim, tive que ir até o DJ e perguntar: " O que era aquilo que você acabou de tocar?" Ele respondeu: " Ah, era ' A whiter shade of pale' , do Procol Harum. " "Procol o quê?... É latino ou coisa parecida?" Havia todo tipo de boato sobre o que aquilo queria dizer. Foi todo o mistério da noite.
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LINDA:Conheci Paul na Bag o' Nails. A turma do The Animals era velha conhecida minha, porque eu os tinha fotografado bastante em Nova York. Quando vim a Londres, eles me levaram para sair, e omos ver Georgie Fame na Bag o'Nails. Fo lá que Paul e eu nos conhecemos. Flertamos um pouco, e aí já era hora de eu voltar com o The Animals, mas Paul disse: " Bem, vamos para outro lugar. Você quer vir?" Lembro que naquela noite todo mundo na mesa ouviu "A whiter shade of pale" pela primeira vez. Todos ficamos pensando: "Quem é esse que canta? Stevie Winwood?" Todos achamos que era mesmo Stevie. No instante em que a música apareceu, a gente simplesmente a adorou. Foi então que Paul e eu nos conhecemos. Depois fomos para a casa dele. No carro, um Mini, acho que estavam conosco Lulu e Dudley Edwards, que pintou o piano de Paul; Paul estava lhe dando carona. Na casa, fiquei impressionada com seus Magrittes.
Em:
Paul McCartney - Many Years from Now,
de Barry Miles.
irresistivelmente usurpado da Alana do blogue La donna è mobile...... visite que é ótimo, adoro.

Contador de Homicídios? Nas ruas do Recife.


Sou do Recife com orgulho e com saudade, sou do Recife com vontade de chorar..... agora mais do que nunca, pois repare nesta notícia, eu passei por lá e vi pessoalmente:


30/04/2008 - 17h19 - Recife ganha contador eletrônico de assassinatos
Angela Lacerda do UOL No Recife


Capital brasileira campeã em número de homicídios, o Recife conta desde hoje com um contador de mortos na rua. Ele está instalado na esquina das Ruas Joaquim Nabuco e Guilherme Pinto, no bairro central do Derby. O relógio digital, também chamado de "termômetro da violência", informa o número de assassinatos no dia, mês e ano em todo Pernambuco. Diariamente, os números são atualizados. Hoje, apontava: 11 homicídios no dia, 364 no mês, 1.511 no ano. E ainda estamos no final de abril!
Contador eletrônico de assassinatos entra em operação em Recife (PE)
A iniciativa é da página PEbodycount, blog criado há um ano por quatro jornalistas pernambucanos que fazem a contagem, no site (www.pebodycount.com.br), e discutem a segurança pública no Estado. A Faculdade Maurício de Nassau é parceira, assim como a SMM Publicidade & Propaganda, empresa que criou a tecnologia, que permite a atualização dos dados do aparelho via telefone celular.
"O objetivo do contador de mortos é o de mexer com a população, fazer com que as pessoas tomem conhecimento - nem todos têm acesso à Internet - da calamidade pública que é o fato de 1.511 pernambucanos terem perdido a vida de forma violenta somente em quatro meses", afirma o jornalista Eduardo Machado, um dos criadores do blog. Para o grupo do PEbodycount, o medidor tem a função de controle social. "Não nos acostumamos com a apatia que caracteriza o Estado em relação ao assunto." Eles querem estimular o debate sobre o que cada um pode fazer a respeito da falta de segurança e também cobrar ações das autoridades.
Uma pesquisa sobre a insegurança que domina o morador da capital pernambucana, realizada pelo Instituto Maurício de Nassau - vinculado à faculdade - foi divulgada no evento que marcou a instalação do contador eletrônico. O governo de Pernambuco não alcançou o objetivo do plano para a segurança pública Pacto Pela Vida, lançado em maio, com a meta de reduzir em 12% o número de homicídios no período (maio de 2007 a abril de 2008) em relação aos 12 meses anteriores. O balanço ainda não foi fechado, mas a redução deverá ficar em torno de 7%.
Assessor do governador Eduardo Campos (PSB) na área da segurança, o sociólogo e pesquisador José Luiz Ratton, presente ao evento, destacou que o governo do Estado teve o mérito de reverter uma tendência (de número de assassinatos) que parecia ascendente nos últimos anos. A meta de 12% fica mantida para o próximo período.
O PEbodycount havia chamado a atenção para a violência que marca, especialmente, o Grande Recife, com a ação Marcas da Violência - a pintura de um corpo, em vermelho, no chão, nos locais onde ocorriam os assassinatos. A cada morte assinalada no portal do movimento, há um pouco da história da vítima - "uma forma de prestar uma homenagem àqueles com quem as autoridades e a sociedade não se importam". O trabalho do grupo é voluntário, não tem remuneração.

terça-feira, 29 de abril de 2008

A primogênita




Composição: Antônio Carlos Jobim
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Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito prá mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de um minuto estaremos no Galeão
Copacabana, Copacabana
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nósPousar...

TAINÁ - O PRIMEIRO RAIO DE SOL DA MANHÃ

Contrariando o curso da cadeia alimentar, com 15 anos ela virou vegetariana. Decidiu que não iria se alimentar do sofrimento do outro. Pensei que era fogo de palha, mas já se vão 10 anos.

Contrariando o que nós, pais, considerávamos normal, à época, para garotas de sua idade ( como volley, tênis, dança) decidiu, mesmo morando em cidade onde ataques de tubarões à banhistas são mais "comuns", decidiu que seu esporte preferido seria o surf, passando a comprar pranchas de tamanhos e modalidades os mais variados, e levando toda a familia à praticamente morar em Porto de Galinhas.
ISSO SIM, foi uma das melhores coisas que podiam ter acontecido em nossas vidas, minha, dela e do irmão. Foram 5 anos morando no PARAÍSO, conhecendo pessoas maravilhosas, ganhando de presente CELINA, amiga ser humano espetacular-sensacional, para sempre no meu coração. Acrescente-se à tudo isso paisagens estonteantes e o amor incondicional à Maracaípe, e temos minha Pasárgada.
Depois colocou um MAPA MUNDI na parede do quarto e disse: vou conhecer o mundo inteiro. De lá pra cá acho que só tá faltando a Ásia. Um ano em Salamanca, seis meses no norte na Itália, e o desejo de esmiuçar cada cantinho da Europa.
Essa é a minha primogênita. Que já me fez chorar em cima do Morro do Pai Inácio, na Chapada Diamantina, porque queria tirar uma foto pendurada no abismo...só as mães são felizes....ganhei alguns cabelos brancos e uma coleção de rugas de préo, mas que ela faz cinema faz. Meu ouro. Consegue tudo o que realmente quer. Ser humano preocupado com o futuro do planeta terra, sensível, inteligente, responsável, culta, belíssima, elegante, transita com simpatia e requinte do boteco mais chinfrim ao restaurante mais estrelado. Amada por todos, praticamente uma unanimidade.
11 de maio é dia das mães, mais uma entediante jogada de marketing dos lojistas desesperados para baterem suas metas de vendas. Capitalismo Selvagem.
Eu não quero presentes! Eu tenho tudo, não me falta nada! E eu nem falei pra vocês do caçula ainda!!!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Tenho que dizer adeus? Dar as costas? Caminhar decidido pela estrada que ao findar vai dar em nada?

foto Fred Xavier, aeroporto do Porto, 20/04/08

Se eu quiser falar com deus letra e música: Gilberto Gil1980
in A gente precisa ver o luar
in Eletracústico
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Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
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Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
.
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
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© Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul) / Preta Music (Resto do mundo)

Enquanto isso no aeroporto da Invicta Cidade do Porto.....

Marcha da tietagem letra e música: Gilberto Gil - 1981
in A gente precisa ver o luar

Você sabe o que é tiete?
Tiete é uma espécie de admirador
Atrás de um bocadinho só do seu amor
Afins de estar pertinho, afins do seu calor
~.
Hoje eu sou o seu tiete
Às suas ordens, ao seu inteiro dispor
De imediato aonde você for eu vou
No ato, no ato
Pro mato, pro motel, de moto ou de metrô
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Tititititi
Como é bom tietar
Seu amor inatingível
Tititititi
E se você deixar
Eu farei todo o possível
Pra alcançar o nível do seu paladar
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© Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul) / Preta Music (Resto do mundo)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Antonio Maria - Parte III - músicas

São tantos frevos, jingles comerciais, valsas, sambas-canção, tendo como parceiros Luís Bonfá, Vinícius de Moraes e tantos outros. E o que dizer de Manhã de Carnaval? Mas Maria nos deixou precocemente.
Cardiopata desde a infância, faleceu fulminado por um enfarte do miocárdio na madrugada de 15 de outubro de 1964, em Copacabana, quando se dirigia para o Le Rond Point; mesmo tendo sido socorrido por amigos que o viram cair e que se encontravam na boate O Cangaceiro, em frente daquele restaurante. Bom de copo e de garfo, Maria se auto-intitulava "cardisplicente", uma mistura de cardíaco com displicente. Profissão: Esperança.

Através do link http://www.releituras.com/antoniomaria_bio.asp você pode ler o emocionado

"Oração para Antônio Maria, pecador e mártir", escrita por Vinícius de Moraes em julho de 1968

Ninguém me Ama

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Ninguém me ama, ninguém me quer

Ninguém me chama de meu amor

A vida passa, e eu sem ninguém

E quem me abraça não me quer bem

Vim pela noite tão longa de fracasso em fracasso

E hoje descrente de tudo me resta o cansaço

Cansaço da vida, cansaço de mim

Velhice chegando e eu chegando ao fim



Frevo nº 1 do Recife

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Ai, ai, saudade

Saudade tão grande

Saudade que eu sinto

Do Clube dos Pás, dos Vassouras

Passistas traçando tesouras

Nas ruas repletos de lá

Batidas de bumbo

São maracatus retardados

'Que voltam pra casa cansados

Com seus estandartes pro ar

Quando eu me lembro

O Recife tá longe

A saudade é tão grande

Eu até me embaraço

Parece que eu vejo

O Haroldo Matias no passo

Valfrido e Cebola, Colasso

Recife tá perto de mim

Saudade que eu tenho

São maracatus retardados

Que voltam pra casa cansados

Com seus estandartes pro ar

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Antonio Maria - Parte II

Na televisão era famoso o programa "Preto no Branco", de Oswaldo Sargentelli, onde sempre aparecia uma "pergunta de Antônio Maria, da produção do programa", geralmente muito embaraçosa. Fez, com Ary Barroso, durante todo o ano de 1957, um programa de sucesso: "Rio, Eu Gosto de Você", na TV Rio. Maria gostava de alfinetar os entrevistados. Um dia perguntou a Sandra Cavalcanti, candidata a deputada: "Quer dizer, dona Sandra, que a senhora é mal-amada?" A resposta de Sandra, dizem os espectadores da cena, assegurou-lhe a eleição. — Posso até ser, senhor Maria, mas não fui eu que fiz aquela música Ninguém me ama.
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Aracy de Almeida foi uma de suas grandes amigas. Sabia tudo sobre Antônio Maria e, mesmo assim, como dizia brincando, continuava a gostar dele. Era desprovido de qualquer cerimônia: uma vez pediu a ela ajuda para colocar um supositório ("Já tentei todas as posições e não consegui nada."). Em outra oportunidade, ele e Vinícius de Morais, também seu grande amigo, tentavam cumprir um compromisso assumido: fazer um jingle para o lançamento de um... regulador feminino. Estavam com inúmeros outros trabalhos e foram pedir ajuda a Aracy. Ela, sem pensar muito, tomando emprestada a melodia de O orvalho vem caindo, de Noel, atacou de pronto: "— O ovário vem caindo...".
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Carlos Heitor Cony dizia que se o autor fosse mandado para cobrir a posse do papa, voltaria cardeal. Cony conta: "Um dia, Maria me telefona: — Carlos Heitor, Carlos Heitor, você nunca me enganou." Disse então que, vindo de São Paulo, viu no avião uma mulher linda lendo o livro Matéria de Memórias, de Cony. Aproximou-se, se apresentou como o autor do livro, e a mulher, uma típica apaixonada, acreditou. Pintou para ela um quadro bastante dramático: era um desgraçado, que nunca tinha tido sucesso, que as mulheres o abandonavam. "— Mas, Maria..." era tudo o que o espantado Cony conseguia dizer. "— Fica tranqüilo, Cony, fica tranqüilo porque em seguida nós fomos pra cama. Ou melhor, você foi pra cama." E Cony, curioso: "— E ai?" "— E aí foi que aconteceu o problema" — gargalhava Maria. "— E ai você broxou, Cony, você broxou!"

terça-feira, 15 de abril de 2008

Pernambucano arretado


Mulher dos outros
Antônio Maria
Dia claro. Primeiras horas do dia claro. Havíamos bebido e procurávamos um café aberto, para uma média, com pão-canoa. Quase todos estavam fechados ou não tinham ainda leite ou pão. Fomos parar em Ipanema, num cafezinho, cujo dono era um português e nos conhecia de nome de notícia. Propôs-nos, em vez de café, um vinho maduro, que recebera de sua terra, "uma terrinha (como disse) ao pé de Braga". Não se recusa um vinho maduro, sejam quais forem as circunstâncias. Aceitamo-lo. Nossa grata homenagem a José Manuel Pereira, que nos deu seu vinho.Nesse café, além de nós, havia um casal, aos beijos. As garrafas vazias (de cerveja) eram quatro sobre a mesa e seis sob. Beijavam-se, bebiam sua cervejinha e voltavam a beijar-se. Não olhavam para nós e pouco estavam ligando para o resto do mundo. Em dado momento, entraram dois rapazes e pediram aguardente no balcão. Ambos disseram palavrões, em voz alta. O casal dos beijos e da cerveja parou com as duas coisas. Outros palavrões e o cabeça do casal protestou: — Pára com isso, que tem senhora aqui! Um dos rapazes dos palavrões: — Não chateia!— Não chateia o quê? Pára com isso agora! Um dos rapazes do palavrão: — E essa mulher é tua mulher?— Não é, mas é mulher de um amigo meu!A briga não foi adiante. Todos rimos. O dono da casa, os rapazes dos palavrões, o casal. Está provado que: quem sai aos beijos com mulher de amigo não tem direito a reclamar coisa alguma.
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Nossa homenagem ao autor na passagem de seus 72 anos de nascimento no dia 17 de março.
Publicada originalmente no jornal Última Hora – Rio de Janeiro, de 23-08-1960, foi extraída do livro “Benditas sejam as moças: as crônicas de Antônio Maria”, Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro, 2002, organização de Joaquim Ferreira dos Santos, pág. 115.

sábado, 12 de abril de 2008

I'm Black and I'm Proud !! Say it Loud

Carlinhos você é lindo de toda qualidade e eu quero me casar com você !!!! UAHUAHUAHAUHAUAHUAHAUAH EU TE AMO MEU TRIBALISTA PREFERIDO

VELHA INFÂNCIA


Você é assim
Um sonho prá mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão~
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...
Você é assim
Um sonho prá mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Você é assim
Um sonho prá mim
Você é assim...
"Você é assim
Um sonho prá mim..............................

Eu sou da tribo dos Tribalistas


As portas – de Arnaldo Antunes
[do livro As coisas]

Para passar de um lugar a outro existem as portas. Em geral são de madeira, mas Às vezes não. De ferro em geral são os portões, mas às vezes de madeira. Portões de madeira chamam-se porteiras. Para sair de um lugar entrando em outro, como nos partos, as portas existem. As moscas pousam nelas. Os meios de transporte chegam ou vão embora. As portas são meios de transporte que ficam no mesmo lugar. Em geral brancas, como as paredes geralmente. Movem-se mas ficam no mesmo lugar, como o mar. As moscas pousam nelas. As paredes ficam paradas. Aranhas fazem teias nelas. Não nas portas, que têm dois lados; nas paredes, que só têm um lado, ou outro. Os olhos pousam nelas.

Se eu fosse um homem daria o meu reino por essa mulher

De Mais Ninguém

Composição: Marisa Monte/ Arnaldo Antunes
*
Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem...
É meu troféu, é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor
A sala, o quarto,
A casa está vazia,
A cozinha, o corredor.
Se nos meus braços,
Ela não se aninha,
A dor é minha, a dor.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

A dor, é minha só, não é de mais ninguém....aos outros eu devolvo a dó...eu tenho a minha dor


Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo?
Quando eu estava bem, morta de sono.


Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste?
Quando eu estava bem, morta de medo.


Por que não me deixaste adormecida?
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída.


Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida?
Quando eu estava bem, morta de frio.


Chico Buarque,
Soneto.

domingo, 6 de abril de 2008

Instituto Ricardo Brennand - Cultura em família


Programa cultural em família: (grande dica do músico e produtor cultural Demóstenes) fomos assistir no domingo, nos deliciar e ouvir o conjunto de choro Arabiando, do Conservatório Pernambucano de Música, dentro do Museu de Ricardo.
Que beleza! Que maravilha, aquele som lindo dos meninos extremamente talentosos, virtuosos. Dentro daquele lugar mágico e acústica privilegiada.
Espero que a experiência tenha êxito, que vire uma programação cultural estruturada criando uma nova opção de espaço, sempre trazendo shows de música de qualidade. Música de qualidade: produto que não falta na nossa cidade. A prova disso é a pauta sempre lotada da Livraria Cultura.
No link abaixo um vídeo dos meninos em apresentação na Toca da Joana tocando brasileirinho de Waldir Azevedo num arranjo todo especial.

http://www.youtube.com/watch?v=N5Rk-GLwZLA

"Na minha vida, meu sucesso como empresário foi, em grande parte, fruto do apoio que sempre recebi da minha gente, dos meus colaboradores e da permanente companhia do meu Pai Antônio e do Tio Ricardo. Assim, para resgatar parte do que de todos recebi, com desapego pelas coisas materiais e coragem indispensável para enfrentar os desafios, pude ver o nascimento desta obra, ao fincar, aqui, em São João da Várzea, terras de João Fernandes Vieira, as bases do Instituto Ricardo Brennand em homenagem ao meu Tio.
Deus quis que tivesse ao meu lado, Graça, mulher dedicada, que me deu oito filhos, companheiros do dia-a-dia, solidários com meus sonhos e que serão meus sucessores e responsáveis pela manutenção e conservação deste Patrimônio Cultural de Estudos Brasileiros, em terra do meu Pernambuco.
Como nos ensina o poeta português, quando...Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Um abraço, Ricardo Brennand. " http://www.institutoricardobrennand.org.br/index2.html



sábado, 5 de abril de 2008

Rebordosa - mas pode chamar de sarrrabulho, caldo ou vaca para os surfistas: como sobreviver à uma


Bem hoje graças à Rebordosa, Rê para os íntimos, conheci um blog com o qual me identifiquei deveras: La donna è mobile. Vou colocar na minha lista de blogs simpatissíssimos, nao deixem de visitar, que mulher! Che donna!

Então - coincidência?
ou não existem co-incidências? - nesse bolg vi tanta coisa linda....

Eu tinha acordado mal, achando a vida uma espelunca de quinta categoria, mas aí , nesse blog meus olhos se encheram de palavras, imagens, sons, outras possibilidades, o tempo foi passando, e eu nem me lembrava mais o que era que eu ia fazer com a Rebordosa!

Então aqui vai uma das preciosidades deste blog, tão bem cuidado, criterioso, um oasis na web:

Um brinde, não vários drinques à Rebordosa que me apresentou a Alana!


Às vezes me sinto muito só.
Sem ontem e sem amanhã.
Não adianta que haja pessoas em volta de mim.
Mesmo as mais queridas.
Só se está só ou acompanhado, dentro de si mesmo.
Estou muito só hoje.
Duas ou três lembranças que me fizeram companhia, desde segunda-feira, eu já gastei.
Não creio que, amanhã, aconteça alguma coisa de melhor.

do nosso querido Antônio Maria,
em seu Diário.