terça-feira, 23 de março de 2010

Cinema da Fundaj - A Fita Branca e as Coberturas de Mascaro

15 dias sem dirigir, braço imobilizado.
Minha amiga Aninha levou-me ao médico . Era ao lado do cinema da Fundação. Fomos atendidas em tempo record. Nada melhor do que um bom Castigliani e CINEMA UHUHU. Sinto um enorme prazer quando estou no cinema da Fundação.
Assistimos A FITA BRANCA, 2009, que deveria ter recebido o oscar de melhor filme estrangeiro.
Muito bom. Alemão, passa-se numa aldeia um pouco antes da primeira guerra mundial.
Acontecimentos estranhos envolvendo sempre as crianças do pequeno lugarejo. As crianças recebiam uma educação rígida demais, repressiva e cheia de castigos físicos e falsa moral.
Essa seria a geração que estaria adulta na época do terceiro Reich. A fotografia é escura e intrigante. Bom. Muito bom.
Quanto ao documentário pernambucano de Gabriel Mascaro (que deu uma de Michael Moore usando sua câmera apontada como uma arma), Um Lugar ao Sol, 2009, fiquei entre surpresa, pasma mesmo, e pensativa. O filme provoca. De todos os lados. Ele admoesta. Incomoda. Dos 125 proprietários de coberturas procurados pela produção, apenas 9 concordaram em participar do filme, dando depoimentos sobre como é morar "por cima". 5 deles são pessoas conhecidas aqui no Recife. Depois tem um empresário de São Paulo e 3 do Rio de Janeiro. Poucos tinham um discurso coerente (como a imigrante francesa do Rio) e outros tinham um discurso chocante (como a carioca que via uma incrível beleza nos tiroteios que presenciava todas as noites nos morros, pois pareciam fogos de artifício).
Houve muito riso na platéia o que me preocupou.
Interessante.