quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Caprichos e Relaxos

um dia desses quero ser
um grande poeta inglês
do século passado
dizer
ó céu ó mar ó clã ó destino
lutar na índia em 1866
e sumir num naufrágio clandestino

Leminski

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Férias sinônimo de muitos livros, filmes amigos e PRAIA!








Fui passar uns dias no litoral sul de Pernambuco, em Xaréu, uma prainha despretensiosa, e por isso mesmo deliciosa, assim como as companhias! Lá não tinha wireless em compensação tinha topless uhuhuhuhu
Nos deliciamos com peixes e crustáceos à vontade. Fizemos artesanato, pátina, pintamos vidrinhos coloridos para encher de velas, e preguiçamos nas redes.
Joguei frescobol todos os dias rememorando os áureos tempos do Acaiaca.
A casa, cercada de uma reserva de mata atlântica, é um refúgio perfeito para descanso. Muitos pássaros cantando e bandos de saguis.
Mas um dia, depois de uma chuva, recebemos a inusitada visita de uma aranha caranguejeira peluda tamanho gigante! Gritos, corre-corre e a pobrecita correu assustada.....Ou seja, tivemos direito à todos os acontecimentos do tipo férias na casa da praia, como por exemplo o carro que atola no caminho da padaria....recordações engraçadas para depois....
Que delícia, voltamos todos renovados. Mas ainda tem muita coisa pra curtir antes das férias acabarem!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Quando a literatura me traduz

O pernambucano Osman Lins no conto Noivado

- Sua mãe procurava dar a impressão de mártir. De uma santa. Nunca vi alguém mais preocupado, neste mundo, em ter uma aparência angélica. [...] Nunca sabia nada, a ingênua. Tinha sempre a cabeça meio pendida, como a das imagens baratas, e as mãos cruzadas no regaço. Ignorava os escândalos mais notórios. Para fingir que não se ocupava dos assuntos alheios e ouvir mais uma vez, com novos pormenores, o que já sabia. Sempre admirando-se.
- Apesar dos pesares, era boa mulher e carinhosa comigo. [...] Insistia para que eu casasse. Contanto que ficasse em sua companhia.
- Sabia que mulher nunhuma aguentaria isto. Sua maneira oblíqua de atormentar era invencível.
- Não é piedoso falar assim dos mortos.
- Acho que, quando não se tem substância tudo é pretexto para negações.

Mamma Mia o filme!




Que delícia! O musical da Broadway virou filme (2008) com a Meryl Streep e aquele lindão do Pierce Brosnan (007).

Particularmente nunca gostei de musical (Moulin Rouge com a Nicole Kidman, 2001, UÓ) acho enfadonho etc mas esse está quase - veja bem eu disse quase - na categoria de Hair, ou seja, o tipo de musical que empolga porque as músicas são o máximo e os personagens idem.

A fotografia é um deslumbre, a história se passa na ilha grega de Kalokairi.

A trilha sonora inteirinha do ABBA dá vontade de sair dançando pela sala uhuhuhuhuhu! Pelo menos pro meu povo, da minha idade hehehe

Eu sou a Donna e Tainá é Sophie....filha única linda prestes a se casar........

Adorei vou ver mais vezes. Recomendo.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Oh Brave new world !



Estou relendo Admirável Mundo Novo após 20 anos.
O livro é simplesmente fantástico.
Não me lembrava de muita coisa, claro.
Huxley escreveu o livro em 1931 e jamais poderia imaginar o quanto sua crítica à sociedade moderna seria cada vez mais atual durante todo esse tempo.

Estamos no ano 632 D.F. (depois de Ford)
Numa das passagens impressionantes do livro, o Sr. Selvagem pergunta à Sua Fordeza porque os livros de Shakespeare são proibidos. A resposta é impressionante:

- Ninguém entenderia Otelo.

- Mas, e se fosse algo novo com Otelo e que eles possam compreender?

- Se parecesse realmente com Otelo, ninguém poderia compreendê-lo, por mais novo que fosse. E, se fosse novo, não poderia de maneira alguma ser parecido com Otelo.

- Por que não?

- Porque o nosso mundo não é o mesmo mundo de Otelo. Não se pode fazer um calhambeque sem aço, e não se pode fazer uma tragédia sem instabilidade social. O mundo agora é estável. As pessoas são felizes, têm o que desejam, e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança; nunca adoecem; não tem medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e mães; não têm esposas, nem filhos, nem amantes, por quem possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo que praticamente não podem deixar de se portar como devem. E, se por acaso, alguma coisa andar mal, há o soma.

- Tudo isso me parece absolutamente horrível.

- Sem dúvida. A felicidade real sempre parece bastante sórdida em comparação com as supercompensações do sofrimento. [...] E o fato de estar satisfeito nada tem da fascinação de uma boa luta contra a desgraça, ou de uma derrota total sob os golpes da paixão ou da dúvida. A felicidade nunca é grandiosa."

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 - Champagne com panetone no café da manhã



É sempre um revival atrás do outro. Até quando eu frito um bife eu me lembro dela.
Neste final de ano reeditei uma antiga tradição da família Helga: café da manhã do dia 1º:
just champagne (prosecco) com panetone!
Droga, onde será que eu coloquei aquele óculos de sol que ela adorava usar? Aquele óculos massa que eu fui pro guaiamum treloso....