segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Blog Action Day - 15 de outubro - Blogagem coletiva de preocupação ambiental

O LIXO - RECIFE E REGIÃO METROPOLITANA



A análise dos dados da reciclagem aponta uma situação com duas faces opostas. A primeira, lamentável, é que se percebe quanto dinheiro os governos e as pessoas gastam com o desperdício do lixo. Resultado da ainda pequena relevância da coleta seletiva nas cidades e nas residências e dos gastos vultosos com a coleta tradicional.
O lado animador é que a coleta e a reciclagem do lixo (resíduos sólidos) cresce de forma surpreendente, colocando o Brasil entre os principais recicladores do mundo e, principalmente, criando um espaço econômico para a inclusão de parcelas excluídas pelo processo de globalização, que criou grandes contingentes de miseráveis na década de 90.

Em análise da indústria da reciclagem o CEMPRE http://www.cempre.org.br/, destaca:
Nos plásticos:
• Apenas Alemanha e Áustria superam o Brasil em reciclagem mecânica de plásticos (transformação dos resíduos plásticos em grânulos para a fabricação de novos produtos).
• Desde 1994, o crescimento da reciclagem de PET no Brasil foi de 1.200%.
No alumínio:
• Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil bateu recorde mundial de reciclagem de latas de alumínio para bebidas. O país atingiu o índice de 95,7%, o que significa 6,7 pontos percentuais acima de sua marca anterior, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas).
• Nos cinco últimos anos, o que se observou foi o crescimento da participação das cooperativas e associações de catadores – de 43% para 52%.
• Nesse período, também houve maior engajamento da classe média, sendo que os condomínios e clubes são canais de coleta que cresceram de 10% para 19% em participação.
• Atualmente, o mesmo alumínio de uma lata que sai da fábrica leva apenas 30 dias, em média, para voltar ao mercado como matéria- prima de uma nova latinha. A embalagem é inteiramente reciclada e o processo economiza 95% da energia elétrica necessária para a produção do metal a partir da bauxita.
• Para se ter uma idéia, o volume de energia poupada em um ano – cerca de 1.700 GWh - é suficiente para abastecer uma cidade de mais de 1 milhão de habitantes como Campinas, no interior de São Paulo.
• Com a reciclagem, deixou-se de extrair 600 mil toneladas de minério no ano passado.
Nas embalagem Longa Vida:
• O Brasil é líder nas Américas em volume de embalagens longa vida recicladas. No ranking mundial, perde apenas para Alemanha e Espanha que têm índices de reciclagem de 65% e 30%, respectivamente.
2 – Situação em Pernambuco, Região Metropolitana e Recife
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a média de lixo produzida no Na Região Metropolitana do Recife é alta: aproximadamente, 1,24 kg/hab./dia.
Ainda segundo esses dados, prevê-se uma geração diária de resíduos no Estado de Pernambuco é de 7.803,06 toneladas/dia, cabendo à a Região Metropolitana 53,01% desse total.
Segundo estudo da Cacto's Consultoria (fonte: reciclaveis.com.br), são produzidas 53 mil toneladas de lixo no Recife, que, se recicladas, poderiam movimentar R$ 4,7 milhões. Atualmente, a prefeitura gasta em torno de R$ 8 milhões mensais com a coleta do lixo sem reciclagem.
3 – A importância da Educação Ambiental para o desenvolvimento da coleta seletiva
Um dos maiores entraves para o desenvolvimento da coleta seletiva é a conscientização das pessoas e organizações, de forma a mudar antigos hábitos arraigados.
Para superá-los, é necessário o desenvolvimento de ações voltadas para a educação ambiental de pessoas e de organizações, de crianças, jovens, adultos, buscando informar, sensibilizar e mobilizar a todos.

Condomínios iniciam uso de coleta seletiva
Imóveis enviam mensalmente para a reciclagem 30 toneladas de lixo
Vidros, plásticos, papel e alumínio. Cada um colocado em seu devido recipiente para em seguida ser levado pela empresa coletora. Esse trabalho está sendo realizado há três meses por 90 condomínios do Grande Recife. São prédios que estão integrados à parceria firmada entre o Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi/PE) e a Central de Comercialização de Reciclaveis (CCR). Aos poucos, os condomínios estão aderindo à coleta seletiva de lixo. Juntos, eles vêm contribuindo com a reciclagem mensal de 30 toneladas de lixo. A meta da CCR é chegar a 160 toneladas até o próximo ano. Para isso espera contar com pelo menos metade dos oito mil condomínios do Grande Recife. O presidente do Secovi/PE, Luciano Novaes, espera que todos os condomínios se preparem para a coleta seletiva. "Esse trabalho só traz benefícios, pois conscientiza as pessoas em relação ao meio ambiente e gera renda", ressalta. De acordo com ele, a maior parte do condomínios que participa do projeto doa o valor arrecadado para a ONG Beija-flores Solidários, uma entidade mantida pela empresa CCR. Embora não seja um valor elevado - a CRR paga entre R$ 12,00 e R$ 20,00 por 125 quilos de lixo reciclado - o valor é revertido em alimentação e cursos para 80 famílias de catadores de lixo. A coordenadora do projeto de coleta seletiva da CCR, Rosy Motta, explica que o valor pago varia de acordo com o perfil do lixo. Se houver 20% de alumínio, material mais caro, o preço sobe. Segundo ela, hoje, no tipo do lixo recolhido nos condomínios que fazem parte do projeto não há alumínio. Das 125 toneladas, 60% são de papel, 30% plástico e 10% vidro. "O projeto é mais que recolhimento de lixo. Nós levamos educação sócio-ambiental às pessoas. Ensinamos como o lixo deve ser separado", esclarece. Rosy Motta acrescenta que o projeto de coleta seletiva tem várias etapas. A primeira delas é a conscientização dos moradores do prédio e treinamento dos funcionários. Por enquanto, a coleta está concentrada nos bairros de Boa Viagem e Piedade. Mas, segundo a coordenadora, a empresa pretende estender o trabalho para outros bairros, chegando à Zona Norte. "Existe um custo logístico maior, já que o centro de triagem fica em Muribeca. Mas se o prédio tiver a quantidade mínima de lixo (125 toneladas) há como fazer a coleta", ressalta. Para aderir à coleta seletiva os condomínios devem procurar a CCR. A empresa orienta os moradores e funcionários do prédio sobre o processo e oferece os big-bag (saco feito de ráfia para colocar no recipiente) gratuitamente. Assim que os sacos ficam cheios o condomínio marca o horário para o caminhão da CCR passar e efetuar a coleta. A pesagem do material recolhido é realizada no próprio caminhão.

Você mora em condomínio? Conhece alguém que mora? Vamos incrementar a coleta seletiva da nossa cidade???? OLHA O TELEFONE AÍ >



Serviço Central de Comercialização de RecicláveisFone: 3378 4960

Um comentário:

Anônimo disse...

Pouca gente blogou no dia da blogagem de conteúdo ambiental foi uma demonstração de desunião da blogosfera