quarta-feira, 25 de julho de 2007

Caminha PT

Estou a falar de uma cidadela lindinha do norte de Potugal.
Limitada a sul pelo concelho de Viana do Castelo, a norte pelo rio Minho, a nascente pelos concelhos de V.N. de Cerveira e Ponte de Lima e a poente pelo mar Atlântico.
Geograficamente localizada num ponto estratégico. Encontra-se a cerca de 90 km da cidade do Porto e a 45 minutos do Aeroporto de Pedras Rubras. É possível chegar a Vigo, na Galiza, e ao seu Aeroporto, em 50 minutos. Para chegar a Espanha, desde Caminha, é ainda possível embarcar no Ferry-Boat “Sta. Rita de Cássia”, que transporta passageiros, automóveis e autocarros para o outro lado da margem do rio Minho.
Caminha é uma povoação antiquíssima. Nas imediações existem ainda vestígios de civilizações atribuídas a épocas proto e pré-históricas, como mamoas, dólmen e castros. De resto, toda a região do Noroeste da Península, e muito especialmente a bacia do Minho, ostenta várias edificações do período Megalítico. Mas a cultura dominante e que mais vestígios deixou nesta zona foi, sem dúvida, a Castreja. As casas, quase todas do tipo redondo ou ovalado, denunciam marcas da cultura pré-céltica.
Na organização paroquial suévia do séc. V aparecem os topónimos “Camenae” ou “Camina”. Quase todas as freguesias do concelho, mercê da sua situação geográfica, terão sido pontos fundamentais ao controlo do comércio dos metais que tinham que tinham de percorrer as águas do Rio Minho.
O perímetro e a configuração oval da antiga muralha obedecem às características de construção das fortalezas romanas dos sécs. IV e V. Mas do período da romanização ficaram ainda pontes, caminhos e outros monumentos.
Em 1060 I. Magno de Leão designa Caminha como sede de um condado que denominou “Caput Mini” e cerca de meio século depois, Edereci localiza “um forte castelo em ilha a montante da foz do Minho” e outro “acima do precedente em terra firme e eminente”. Isto mesmo se crê conformado nas Inquisitiones: “na colação de Sta. Maria de Caminha, em Vilarélio, se situa o velho castelo de Caminha” subordinado durante séculos à Sé de Tui. Somente a partir dos começos do séc. XVIII apareceram, nas chancelarias portuguesas, documentos de desafectação respeitantes a Caminha e povoações ribeirinhas do Minho, alguns do reinado de D. Afonso III, com notícias da edificação de mais uma torre (a do Sol), com sua porta.
Pela situação geográfica, Caminha era um ponto avançado na estratégia militar portuguesa na luta contra castelhanos e leoneses. D. Dinis mandou aumentar as muralhas e construir mais duas torres, elevando para treze o seu número (dez torres e três portas - a do Sol, a Nova e do Marques).
A 24 de Julho de 1284, outorgou aos habitantes do concelho a primeira Carta Foral.

Casa dos Pitas - foto
Reportando-se a meados do séc. XVII, a Casa dos Pitas é considerada um belo exemplar da arte manuelina tardia. Esta casa expressa bem a explosão urbana tipo senhorial que chegou a Caminha nessa época. Lembrando os típicos solares minhotos, esta casa, de estilo manuelino, ostenta uma fachada com guarnições e molduras interessantes

Chafariz - foto
Localizado bem no centro de Caminha, o Chafariz é uma notável obra de arte que embeleza o largo do Terreiro. Constitui uma boa peça de arte renascentista portuguesa da primeira metade do séc. XVI. A sua realização deve-se ao célebre canteiro João Lopes Filho. As taças que o constituem são decoradas com molduras curvas e caras polifacetadas. As guarnições que ostenta no exterior são mais recentes e reportam-se ao séc. XIX

Fonte: Câmara Municipal de Caminha - http://www.cm-caminha.pt/

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