sábado, 10 de abril de 2010

Cinema da Fundação - Maratona

Colin Firth e Juliane Morre em A single Man

Sábado adorável. Fui sozinha e teria sido a primeira vez na minha vida que eu iria ao cinema sozinha. Já estava orgulhosa de mim mesma. Olhei a programação, tomei banho, me troquei: prontíssima às 15. Sempre desisto nessa hora. A caminho do elevador tive a idéia de ligar para uma amiga que poderia estar de bobeira e mora perto da Fundarj. Ela disse que ia. Não fiz fé. Nessa hora eu já ia de todo jeito. Coloquei na bolsa meu xale quentinho de Machu Picchu.

16:40 - Sentada no meu lugar predileto aguardando:

O Processo de Joana D'Arc de Robert Bresson - 1962 - França - 65 minutos - preto e branco. Sessão grátis na Fundação.

Baseado inteiramente em fontes históricas primárias, ou seja, nos arquivos do processo, o filme mostra todos os passos do martírio da heroína francesa, do encarceramento à fogueira. Como historiadora me deliciei, mas minha amiga - que para minha surpresa apareceu - achou detalhista meio maçante. Discordo. O filme é fantastic.
Saímos para tomar um delicioso café Castigliani enquanto aguardávamos

18:30 - A Single Man - Tom Ford EUA 2009 (Direito de amar, horrendo nome que ganhou na tradução brasileira).
O professor universitário de literatura - brilhante atuação impecável de Colin Firth - perde inesperadamente o seu companheiro após 16 anos de convivência. O filme narra a dor e a extrema solidão do protagonista ao enfrentar o dia a dia, agora sem sentido, e recordando os instantes de felicidade vividos com seu grande amor. A dor é dilacerante. O ponto forte do filme é mesmo o elenco. Juliane Moore como a melhor amiga que dá em cima do amigo gay só para não ficar sozinha está impecável e linda. Sua frase "Eu tenho muitos amigos mas nenhum deles precisa de mim" resume o personagem e a vida de muita gente que eu conheço. Filme simplesmente IMPERDÍVEL
Saímos para tomar outro café desta vez com croissants. E pra relaxar o divertidíssimo

20:30 - Soul Kitchen - 2009 Alemanha - Fatih Akin
Uma comédia Alemã, já pensou? Um feel good movie com um diretor alemão de ascendência turca. Pense numa trilha sonora dançante. O protagonista é o hilário grego Zinos que tem um restaurante falido tipo PF sujinho, na periferia de Hamburgo, uma desgraça. Resolve então desistir do tão amado quanto endividado estabelecimento para ir atrás de sua namorada em Xangai. A partir daí tudo parece conspirar para o Soul Kitchen decolar e virar o restaurante da moda. Muito bom.
Fomos para a casa lindas leves e soltas. Para mim pelo menos, sinônimo de sabadão perfeito.

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