domingo, 3 de maio de 2009

A FESTA DE BABETTE - Dinamarquês




Há dias em que carregamos um piano.
Sem rodinhas.
Nos ombros.
Quando você estiver triste
ou de frente para o sofrimento
sentindo a dor do mundo
ou apenas cheio
de saco cheio
ou cheio de questionamentos
achando que a vida não vale a pena
que o mundo é uma espelunca
de quinta categoria
PENSE
Pense que ainda existem no mínimo uns 500 filmes
do tipo magistrais como Babette ou La dolce Vita
(a arte existe para que a realidade torne-se
suportável - quem disse isso mesmo? ah foi Nietzsche,
para que a verdade não nos destrua)
e mais ou menos uns dois mil livros fantáticos,
espetaculares
que ao final fazem com que você
agradeça por estar vivo.
Isso sem falar nas músicas,
no por de sol atrás das montanhas
ou na lua nascendo no mar
e aquele monte de lugares incríveis
que a gente ainda pode quem sabe ir
como A Piazza de San Marco em Veneza
ou a Plaza Mayor de Salamanca
O Morro do Pai Inácio
ou a cachoeira do Sossego na Chapada Diamantina
o alto da Sé em Olinda
o por do sol no Alto do Magano em Garanhuns
ou o nascer do sol em Serra Negra - Bezerros
O Cristo Redentor e a Baía de Guanabara
O Maracanã em dia de clássico
Lugares filmes livros e músicas que
quando nos deparamos com eles
mesmo achando a vida fuleira
agradecemos
sentindo como é bom estar vivo
pra ver e ouvir tudo isso.
Sentir cheiros, um perfume
provar um doce
um prato delicioso
Os sentidos. Sentimos como é bom
estar vivos.

A Festa de Babbete - filme dinamarquês
Em 1871, em noite de tempestade, Babette chega a um vilarejo no litoral da Dinamarca, fugindo da França durante a repressão à Comuna de Paris. Ela se emprega como faxineira e cozinheira na casa de duas solteironas, filhas de um pastor. Vive ali por quatorze anos, até que um dia ganha uma fortuna na loteria e, ao invés de voltar à França, pede permissão para preparar um jantar em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os convidados ficam muito assustados, com medo de ferir alguma lei divina ao aceitar um jantar francês, mas acabam comparecendo e se deliciam. Obra de Arte. Um clássico. Magistral.

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