Apesar das notícias sobre drogas que sempre envolveu a banda, acho que estão envelhecendo bem, são sessentões(65 Mick) de forma digna. Sem aquela cara plastificada etc...
No máximo uma tintinha no cabelo.
Essa foto massa vai ilustrar este post. O espírito jovem dos coroas.
Tenho um amigo que diz: " Graças à Deus, tou velho! Ai como é bom ser velho!" e ele adora, sinceramente. Diz que as outras idades todas são um "saco": "Quando a gente é criança é o pior, não pode isso, não pode aquilo, não escolhe nem a roupa que veste nem os lugares que vai, liberdade zero. Na adolescência piora a situação do sujeito. Mil dúvidas e espinhas num corpo desengonçado em transformaçao. Até aqui dinheiro e liberdade que é bom nada.
Dos vinte aos trinta não sabemos dizer não. NÃO. A ausência deste vocábulo fundamental faz com que, o indivíduo nessa idade, aceite um cem número de programas de índio, sem futuro. E o cara ainda tem que decidir como irá ganhar a vida. Dos trinta aos quarenta, o estresse é total. A pessoa não só já está dando um duro miserável, como já arrumou um cônjuge, filhos, prestações as mais variadas possíveis e passa a viver sobre o eterno terrorismo de que o dinheiro nunca vai dar. É a partir dos quarenta que a coisa passa a melhorar sensivelmente. São os primórdios da idade do "foda-se" e do "tô a fim não". Eu tou na idade do foda-se e já tou amando. Fico imaginando o que virá aos cinquenta, sessenta, tá sempre melhorando. Uma beleza."
Bem, eu assim como esse amigo, também estou na idade do fuck you, mas ainda preciso ler mais um pouquinho pra realmente ficar convencidinha de que envelhecer é esse barato total.
Lanço mão de Lya Luft:
"O fluxo de dias e anos, décadas, serve para crescer e acumular, não só perder e limitar. Dessa perspectiva nos tornaremos senhores, não servos. Pessoas, não pequenos animais atordoados que correm sem saber ao certo por quê."
E nas cartas à redação da revista Veja encontro este lúcido comentário de Jacyra Vargas do RS acerca do tema, fabuloso:
"Podemos ser muito felizes com 70 anos ou mais. Para isso, porém, é necessário preencher 3 indispensáveis requisitos: gozar de boa saúde, ter independência financeira e dispor de liberdade e autonomia até para morar sozinho em caso de viuvez. Se também estivermos abertos ao conhecimento e não cultivarmos medos nem arrependimentos inúteis, a vida poderá ser muito boa, incluindo a aceitação da morte como consequência de uma vida bem vivida."
Ary Fontoura: " Quem tem medo de envelhecer colocou as amarguras em primeiro plano ou fantasiou demais a vida."
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